quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Minha Última Poesia

O que dizer nesse fim?
Coisas do além, coisas de mim?
Não sei se entendo o que está acontecendo
Não sei o que se passa nesse momento...
Quem poderá ler esta última poesia?
Quem irá viajar neste mundo de fantasias?
Não tenho motivos para mais nada
Talvez seja uma pessoa mal acompanhada
Me inspiro num blues saliente
Mas será que isso me deixa contente?
Me aquieto em pequenas satisfações
Sobrevivendo a todas às emoções
Idiotices que me preenchem o coração
Mas "só mesmo a morte não tem solução"

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Vestígios

Mundo bizarro e anormal
Vida fantasiosa, irreal
Será mesmo tudo uma mentira?
Ou o problema seria eu enxergar erroneamente a vida?

Não sei se existe alguma solução
Para parar com a irresponsabilidade
O tempo que perco procurando uma opção
Me segura, faz continuar na frivolidade

Aqui finalizo essa expulsão de vestígios
Usando minhas pobres rimas desvalidas
Com pouco ou muito prestígio
Essas são as palavras que descrevem a minha vida

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Por quê?

Muito confusa essa mente
Cheia de contentamentos descontentes
Sempre com "porquês" e "pra quês"
Dúvidas do que pode acontecer
Temer o futuro deveria ser algo normal?
Tão irreal, fora do meu natural...
Eu deveria? Poderia?
Será que realmente vale a pena?
Se não, o que valeria?
A dúvida traz movimento
Mas porque eu quereria?
Não é melhor estar parado?
Ou assim eu não viveria?

Algo Decente

Queria escrever algo decente
Coisas legais que me viessem à mente
Aparentemente ainda não é possível
Mas isso é compreensível
Até mesmo minhas rimas repetitivas
Qualquer coisa não construtiva
Só para passar o tempo
Tirar parte do descontentamento
Saciar essa incessante vontade
Sentir um pouco da liberdade
Mas quem sabe algum momento aí
As palavras voltam a fluir...

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Sem Resposta

Não consigo descrever o que vejo, só sei que uma única palavra me causou o próprio significado dela, "dor". Algo tão repentino que me espanta... Só em ler isto já me causou uma forte dor no peito que queima muito, dilacerando meu interior, deixando minha respiração um pouco pesada a ponto de quase me sufocar... Mas, porque? Porque sentir isso por algo tão natural? Porque tanta preocupação? Porque tanta dor? Sem palavras para entender e explicar a mim mesmo.
Dor o suficiente para me fazer chorar... Isso não é o meu normal, não faz parte de mim! Não me aceito agindo de tal forma, não vejo motivos lógicos para sentir o que não me pertence. Ou será que tem lógica e só eu que não entendo?
Porque essa confusão na minha cabeça? Porque tudo aquilo que achei ter deixado para trás retorna assim tão de repente no momento mais inconveniente? São tantas perguntas sem resposta... Não sei mais o que fazer, o que pensar, o que sentir...

sábado, 2 de agosto de 2014

Meu Sonho Rebelde

Poder observar o pôr do sol sentado em uma área verde e florida para me concentrar para mais um show... Ou melhor, o último show... Vestir a minha "fantasia", calça jeans velha e rasgada, sem camisa e descalço. Spike (pulseira com espinhos) nos braços e uma cruz pendurada no pescoço. Pego o meu contra-baixo e vou ao encontro do fim. Ao fim da minha música. No local do show, plugar o instrumento no som e ouvir aquela singela e ensurdecedora microfonia. Então começa o tão esperado momento. Faço dezenas de solos durante todo o show e me empolgo sem me preocupar com qualquer tipo de restrição. No ápice daquela música, depois de tantos guturais e gritarias, juntamente com o guitarrista, começo a quebrar os instrumentos, rumá-los no chão com toda a força... Tocar fogo neles e continuar a destruí-los... Então ouço um estrondo... O baterista explode a bateria e a perfura com as baquetas que são lançadas ao público logo em seguida... O cantor deve ter se perdido no meio da platéia após se jogar... Então começo a ouvir os gritos, uns de desespero e medo, já outros somente de empolgação por presenciar cena tão épica... E, por fim, aquela pequena depressão pós-show por ter feito tudo aquilo... Mas no fundo uma grande satisfação e a certeza de que nunca vai se arrepender. É este o sonho que minha a parte rebelde tão deseja.